Relato da campanha Finisterra T03E08 [08/07] 📝
A Deusa na Masmorra
A Febre da Masmorra me tomou. Reuni meus amigos Fosco Brandebuque e Adélio para formar uma comitiva com objetivo de explorar a Masmorra da Tundra. O Ernesto, novo funcionário da Costela Incorporações é um especialista e gatunagens por isso levei ele comigo além do ajudante do Adélio. O tempo estava péssimo. Esperamos 7 dias no Castelo, até que por fim a chuva ficou um pouco mais fraca.
O primeiro dia de viagem seria sem intercorrências se, ao chegar na estátua do Ermitão Sentado, nós não tivéssemos avistado a besta voadora. Meus amigos me disseram que possivelmente era o dragão verde que faz o seu covil naquela região. Devido ao mau tempo, não consegui vê-lo com clareza. De todo modo a besta estava pacífica e apenas seguiu o seu caminho pelos céus sem nos incomodar. Após acampar na borda da floresta nós seguimos para a gélida tundra. No caminho até a mamoas encontramos terríveis desmortos caminhantes. Destruímos as aberrações mas, para o horror do Ernesto, alguns eram os seus companheiros de aventura de outrora.
Entremos na masmorra e deixamos os nossos animais na primeira sala para os proteger do frio. Seguimos pela escada ao norte, passamos pela fonte e chagamos até o covil dos lagartos. Depois de uma luta árdua e perigosa, finalizamos os bichos e coletamos alguns espólios. Todavia o barulho causado pela garrucha disparada pelo Adélio chamou a atenção do Jardineiro. Ele é um velho de tanga que cuida das plantas do local. Ele mencionou que chegou lá há um tempo atrás em busca da Deusa. Após uma prosa e demonstrar interesse em espécimes de flores e plantas do ermo ele nos fez uma proposta para abatermos as cobras translúcidas do local. Ele disse que elas são uma praga que destroem o jardim deles e são venenosas. Pelo serviço ele prometeu dizer onde há tesouro no local. Fomos até a galera com um rio subterrâneo que corria na construção, porém decidimos deixar o abate das cobras para outro dia.
Voltamos para o covil dos lagartos e nos deparamos com uma porta que tinha uma imagem da Deusa do Jardim com os braços estendidos (os braços eram extensões de pedra). Tentamos abrir a porta, mas sem sucesso. Ao notar alguns ramos de plantes perto da porta tivemos a ideia de pegar alguns ramos e colocar na mão da Deus. A porta abriu-se de maneira mágica e nos deus passagem. A sala seguinte era deslumbrante. Era um Jardim com uma grande estátua da Deusa. Enrolada na Estátua estavam várias flores que desabrochavam pedras preciosas como frutos. Chamamos elas de Florgemas.
Na sala tinha também duas portas (uma ornada com a figura de um cavaleiro) e uma passagem que estava soterrada. Todos da comitiva foram pegar uma Florgema simultaneamente porém, nesse momento, uma canção hipnótica soou nos nossos ouvidos. Conseguimos resistir aos efeitos da canção, com exceção do Ernesto. O coitado do Ernesto puxou uma faca e mutilou os dedos para entregar à estátua da deusa pois estava sobre um torpor hipnótico. Nós o impedimos a tempo de se aproximar da estátua mas não de cortar os dedos. O Adélio, num momento de fúria, atirou os dois dedos cortados do Ernesto na Estátua e nesse momento, de maneira mística, os dedos se transformarem em mais duas Florgemas.
Saímos do local desesperados em direção a saída com o Ernesto ferido. Ao fechar a porta com o desenho da Deusa a canção hipnótica cessou. Explicamos ao Ernesto o que aconteceu (apesar dele ter ficado um pouco aturdido). Regressamos para o Castelo com alguns espólios e com muita curiosidade e temor da Masmorra da Tundra.
Brandão Ossos-Curtos (Costela)
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Finisterra é uma campanha de Hexcrawl que utiliza o sistema Caves & Hexes, inspirado no B/X de 1981. A campanha acontece nos estilo de Mesa Aberta (ou West Marches), o que significa que diversos grupos jogam no mesmo cenário compartilhado, as sessões acontecem via chamada e aqueles que puderem participar no dia formam um time e saem para exploração.
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