quinta-feira, 4 de julho de 2024

Finisterra [T02E18] - Baleias

Relato da campanha Finisterra T02E18 [24/03] 📝

Personagens: Ishamael [Mago], Ellisande [Mago], Malaquias [Ladrão], Resenha [Guerreiro] e Sardinha [Guerreiro].
Na ficção: 8 da Prata, décimo último mês do ano e do inverno.

Imagem gerada por IA

Baleias

Dia 12 do mês da Prata, o coração do inverno, ano zero da Retorno para o Norte

O mês da Lua foi bastante proveitoso no Norte Distante. Completei o estudo de um feitiço de ilusão que tantas vezes vi minhas mentoras conjurarem na Torre Branca. Nunca imaginei que em menos de um ano aqui nessas terras seria capaz de reproduzi-lo e dominá-lo. A energia mágica que perpassa a região é um grande catalisador para o avanço da magia. Acredito que foi também um acelerador para o ocaso daqueles que nos precederam aqui.

Alias, às portas do novo ano e na falta de um consenso entre os (poucos) estudiosos aqui, decidi por adotar nas minhas entradas a terminologia do “Retorno para o Norte” como marco inicial do calendário.

Também no mês da Lua pude colaborar com a feiticeira Frass, hoje aposentada confortavelmente depois de diversas excursões nos ermos. Sem dúvida, penso que algo a afetou profundamente, como se parte dela tivesse ficado nos ermos. Mas com tantos que nem retornam, talvez esse seja um destino até clemente. O objeto de nosso estudo foram golens de madeira encontrados na região. Na falta de seus mestres, esses guardiões permanecem operando, servindo de valioso recurso para quem sabe utilizá-lo, como os membros d’O Conclave.

Após um mês inteiro na vila, decidi partir no dia 8 de Prata para mais uma excursão aos ermos e me juntei a Ishamael (cada dia com uma aura mais sinistra, penso se não é o caso de dedicar algum tempo para O Conclave e entender pelo que ele está passando, mas há tanto a ser feito…); Malaquias (esse rapaz parece ter algum potencial para magia, o que me faz lembrar que preciso arrumar um aprendiz para ajudar aqui…); além dos bravos Resenha e Sardinha, bem como o clérigo da Lua, Patrício.

Fomos agraciados por um clima ameno, depois de alguns dias tormentosos na vila. Nosso destino: a misteriosa Cidadela do Luar.

O caminho já era conhecido por meus companheiros, pelo que chegamos rapidamente nas suas muralhas. Adentramos um mausoléu parcialmente explorado. Espectros do passado seguiam vivendo como se vivos fossem. Evitamos perturbar o eterno cotidiano dessas almas, ou, quando não tivemos escolha, Patrício invocou a benção celestial de sua deusa para afastar as pobres criaturas.

Todavia, nem só fantasmas habitam o local. Numa sala com uma bizarra estátua com a qual interagi de forma mística de forma a me revelar momentos do passado dessas pessoas, havia um espécime de lama cinzenta, que atacou meu guardião, o Golem. Apesar de ser impérvio a muitas riscos, a lama cinzenta possui uma característica ácida que ataca pedras em especial. O Golem tombou e precisaríamos carregá-lo para fora quando da nossa saída. Ao menos consegui coletar restos da lama cinzenta para posteriores experimentos.

Um túnel subterrâneo nos permitiu atravessar os muros da Cidadela. Chegamos num antigo porto, melhor dizendo, no fundo do que foi o mar que fazia parte desse porto. Aqui tive uma estranha experiência: fui capaz de projetar meus pensamentos e me comunicar com majestosas baleias espectrais. Essas magníficas criaturas encontravam-se presas nessa existência entre a vida e a morte em função da dor causada pelos baleeiros à toda sua família. Lidamos com o espírito do último baleeiro, e, com esse acerto de contas, as baleias flutuaram na direção da lua, deixando para trás as amarras com esse mundo.

Exploramos um dos pátios interiores da cidadela, onde um dos meus companheiros encontrou uma espada mágica dotada de vontade própria. Sempre me intrigou o fato de que essas espadas busquem se associar apenas àqueles que se dedicam exclusivamente à guerra e ao combate em suas vidas. Buscariam essas armas inteligentes companheiros que possam sobrepujar intelectualmente? Não me surpreenderia…

O tempo da nossa exploração noturna estava por se esgotar. Tivemos que deixar para trás o Golem inanimado. Certamente, O Conclave precisará promover o resgate desse importante recurso na nossa exploração da região, já que precisarei continuar outros estudos na vila nas próximas semanas. Mas se tem algo que move montanhas, gigantes de pedra e pessoas aqui no Norte Distante, isso é o dinheiro… Uma recompensa deve fazer mágica! Vejamos se posto algo aqui na Domitila…

Ellisande Al’Dieb.

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Finisterra é uma campanha de Hexcrawl que utiliza o sistema Caves & Hexes, inspirado no B/X de 1981. A campanha acontece nos estilo de Mesa Aberta (ou West Marches), o que significa que diversos grupos jogam no mesmo cenário compartilhado, as sessões acontecem via chamada e aqueles que puderem participar no dia formam um time e saem para exploração.

➥ Venha jogar! 🔗 Notion - Finisterra

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