segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Riverbend - Aventuras Pesqueiras

Riverbend é um jogo minimalista inspirado por e “hackeado” do jogo Tunnel Goons, de Nate Treme. Em Riverbend, você e seus amigos interpretam um grupo de aldeões que encaram Missões de Pescaria para conseguir alimento e suprimentos para seu vilarejo, ao mesmo tempo que exploram novos caminhos fluviais, caçam terríveis monstros aquáticos e até mesmo encontram antigos artefatos.

Imagem retirada do Catarse

Riverbend é um RPG já lançado lá fora, e que a versão Brasileira está sendo financiada agora pelo catarse, o jogo é de autoria do já conhecido na cena independente brasileira Gustavo Tertoleone em parceria com o autor e artista Victor Amorim (ou @torthevic).

Eu recebi uma versão beta enviada pela editora Caramelo Jogos para uma leitura antecipada do material, de cara posso dizer que o livro em sua versão digital se destaca pelo estilo artístico colorido e divertido, uma diagramação bem limpa e funcional e um jogo de abordagem minimalista do ponto de vista do sistema.

Esse post será um review de leitura dessa versão beta da tradução, que já está pré diagramada, porém sem a revisão final.

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As Regras do Jogo

O sistema de Riverbend é bem simples no geral, a principal mecânica consiste em rolar 2d6 + o atributo apropriado, se o resultado for maior ou igual à dificuldade a tarefa é bem sucedida. O jogo trabalha com dificuldades padrões que o Mestre (aqui chamado de Juiz) define de acordo com a ficção. Os valores padrões são Fácil: 6; Médio: 8; Difícil: 10 e Muito Difícil: 12.

Ilustração interna do livro

Quando uma ação pode ferir um personagem, a diferença entre o resultado da rolagem e a dificuldade é o dano contra os pontos de vida do personagem em caso de falha. O mesmo vale para o contrário, se for um combate e a rolagem superar a dificuldade, o inimigo recebe o dano pela diferença entre a rolagem e dificuldade.

Além disso, o jogo apresenta um sistema de pescaria que combina o tipo de equipamento, tipo do peixe e características do personagem para definir as chances de sucesso. O jogo também fornece tabelas para gerar missões de pescaria que já informam os temas das aventuras.

Geradores! ...

O jogo apresenta um capítulo inteiro sobre geração de Bacias Fluviais, aqui temos uma forte inspiração de jogos antigos em que Masmorras eram geradas e populadas com o uso de tabelas com múltiplas entradas. A ideia aqui é a mesma, ao invés de fornecer um cenário pronto você tem um conjunto de tabelas que usa de forma ferramental para preparar uma aventura e cenário.

Ilustração interna do livro

O Juiz pode rolar então um conjunto de tabelas e gerar um cenário para sua aventura, o que inclui detalhes do vilarejo, artefatos perdidos, marcos de cenário, curiosidades e até aberrações.

... e Gatos!

Uma peculiaridade bem maneira do jogo é a presença de Gatos! O grupo de personagens devem escolher um gato de uma lista de 9 opções que é apresentada no livro. Cada gato tem uma habilidade única que pode ajudar nas aventuras.


Imagem retirada do Catarse

No financiamento coletivo a primeira meta extra é um zine para expandir a lista de Gatos, o que vai apresentar 12 novas opções

O que mais vem no livro?

O livro básico ainda conta com Regras para Criação de Personagem, lista de Equipamentos de Pesca, armas e outros itens, diferentes tipos de Barcos, lista de NPCs e um bestiário, aqui chamado de Habitantes do Rio.

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Eu gostei bastante da leitura do material, de forma geral o jogo parece ser muito simples de colocar na mesa com uma abordagem de baixa preparação por parte do mestre e foco na criação de uma narrativa emergente. Eu achei particularmente interessante os procedimentos de geração do cenário de aventuras e as mecânicas próprias como as regras de pescaria e o uso de um companheiro gato com habilidade especiais.

O tom do jogo é passado bastante pelas tabelas, fichas de criaturas, descrição dos equipamentos e pelas belas artes do livro. Fiquei bastante curioso para ler uma aventura pronta e entender um pouco mais do cenário implícito que o jogo apresenta. Ainda não tive oportunidade de colocar o jogo em mesa, mas as minhas impressões de leitura foram muito positivas.

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Riverbend está em financiamento coletivo pelo Catarse, a editora Caramelo Jogos está na frente do projeto, traduzindo e editando a versão brasileira. A editora tem lançado diversos títulos independentes, alguns já resenhei aqui no Blog, como Archon Ruins, O Livreto Aracnídeo e Barrowkeep.

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Se você leu até aqui peço que deixe um comentário ali embaixo falando se gostou ou desgostou ou se tem alguma sugestão, muito obrigado =)

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