South Borg é uma campanha aberta de horror estranho anticolonial, idealizada e mestrada pelo Bernado Lima do Blog Teratológica (https://teratologica.blogspot.com/) em parceria com o Brainstorm RPG. A campanha usa como base o sistema Mork Borg com adaptações e um cenário completamente novo com foco em sobrevivência e exploração.
Uma campanha aberta de horror estranho anticolonial
A Terra Maldita, ou South Borg, é uma realidade pesadelo formada pelos pecados e crimes de todos os colonizadores, escravagistas e impérios brutais do passado e do presente. É um continente de vingança e ódio, forjado pelo sangue e sofrimento daqueles que foram invadidos, saqueados e exterminados no passado.
Ninguém sabe a verdadeira origem deste lugar. O certo é que, no passado, a chegada de colonizadores, escravagistas e exploradores de todo o tipo trouxe muito sofrimento a este local.
Os personagens dos jogadores vieram para South Borg por acidente, ou são os filhos daqueles que primeiro se perderam por aqui depois que a terra estava corrompida. Eles não necessariamente faziam parte daqueles que queriam explorar este continente, mas a natureza dessa terra não perdoa invasores.
Suas vidas foram transformadas em um pesadelo quando chegaram aqui. Uma espiral de privação, dor, sofrimento e morte (ou coisa pior).
Irão os personagens tentar escapar e voltar para suas casas? Lutarão apenas para sobreviver mais um dia? Embarcarão em uma jornada para extirpar o mal da terra? Ou perecerão no sofrimento e na escuridão dessas terras malditas?
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O texto acima foi retirado do Blog Teratológica e pode ser consultado completo aqui, junto de mais infos da campanha: https://teratologica.blogspot.com/2023/03/south-borg-campanha-aberta.html
Eu tenho experimentado diversas mesas no estilo aberto, onde diversos grupos se aventuram no mesmo cenário persistente em sessões espódicas com regras especiais. No futuro pretendo escrever mais por aqui sobre esse estilo de jogo e compartilhar minhas experiências jogando o estilo.
Abaixo segue o relato da última sessão que participei.
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Desmortos na Grande Floresta
Este relato é parte da campanha aberta de South Borg e foi feito pelo jogador Ícaro a partir do ponto de vista do seu personagem.
• Personagens: Lero (Serejo) e Helga (Ícaro)
Vila Esperança ainda estava entoada pelas notícias da grande embarcação naufragada nas praias ao norte, alguns aventureiros tinham morrido e outros voltado com bons achados.
Motivado pelos espólios, eu decidi meu aventurar junto de Lero, outro aventureiro mais experiente que já tinha uma machadinha e um escudo. Ele me contou que alguns dias atrás tinha descoberto um amontoado de espinhos na Floresta, e que poderia ter mais caças ali.
Saímos no começo do dia, seguimos a praia até encontrar a entrada na floresta que Lero havia memorizado, uma hora de caminhada depois encontramos uns rastros que nos levaram até um corpo apodrecido que carregava um facão.
Nos aproximamos e para nossa surpresa o morto se levantou e começou nos atacar. Foi um combate feroz, Lero se machucou bastante, mas conseguimos sair vivos. Tomamos do desmorto o facão, sua couraça e uma lata estranha que nunca vi parecida antes.
Depois do susto seguimos até encontrar o espinheiro, mas sem muita sorte, nenhuma animal havia caído ali. Decidimos então seguir Floresta adentro, após alguns minutos encontrarmos uma trilha que nos levou até um cheiro pútrido.
Escondido ali na mata, fora da trilha, havia um enorme Cogumelo Sinistro e avermelhado com dezenas de corpos amalgamados como uma grande monstruosidade viva. Um dos corpos se descolou e começou a vir em direção à trilha.
Ele carregava outra arma, achamos por bem emboscá-lo. Foi outra luta perigosa, me machuquei um pouco, mas logo o desmorto pereceu, e com a queda dele uma horda começou a se aproximar de nós, saímos correndo dali.
Finalmente deixamos a floresta, para nossa sorte saímos na praia onde o navio havia naufragado, ali alguns destroços estavam boiando com barris e caixas. Eu me decidi me arriscar, não podia voltar para vila de mãos vazia. Nadei até alcançar um dos baús, na volta uma criatura medonha saiu da água, parecia uma mistura de Tubarão com uma Água Viva que tentou me alcançar, mas fui rápida o suficiente para chegar na areia e o monstro parece não andar em terra firme.
Junto com Lero abri aquela lata tinha um peixe em conserva. Dentro do barril havia bastante farinha, improvisamos então uma refeição fazendo um angu que nos alimentou bem.
Voltamos a Vila Esperança com algumas armas, comida para alguns dias e a descoberta que mais um perigo terrível reside na Grande Floresta.
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